sexta-feira, 28 de agosto de 2009

As Proteínas



As proteínas constituem o componente orgânico mais abundante na célula. E isso explica porque elas são as principais substâncias sólidas que formam praticamente todas as estruturas celulares. Ainda que possam fornecer energia, quando oxidadas, as proteínas são muito mais compostos plásticos ou estruturais do que mesmo energéticos. Revelam sempre elevado peso molecular, já que são formados pela polimerização de centenas de aminoácidos.
As proteínas mais simples que existem possuem, ao menos, algumas dezenas de aminoácidos encadeados. Elas desempenham as mais variadas funções na célula e no organismo.
Submetidas ao calor e aos ácidos, denaturam-se e se inativam.

As proteínas são substâncias representadas por moléculas enormes (juntamente com os lipídios, os ácidos nucléicos e os polissacarídeos, integram o grupo das macromoléculas). São sempre compostos quartenário, pois possuem carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.

A hidrólise completa de uma molécula protéica determina a liberação de grande número de aminoácidos. Aminoácidos ou ácidos aminados são os monômeros (moléculas unitárias) de todas as proteínas.
Os aminoácidos são compostos orgânicos cujas cadeias de carbono têm invariavelmente duas características: um radical COOH (carboxila ou grupamento ácido) e um radical NH2 ( grupamento amina). O restante da cadeia de carbono é que diferencia um aminoácido do outro, respondendo, portanto, pela individualidade de cada aminoácido.
Dessa maneira, todo e qualquer aminoácido pode ser representado por uma "fórmula geral" na qual distinguimos um átomo central de carbono - o carbono alfa - que se liga, por um lado, ao grupo COOH, por outro ao grupamento amina, por uma terceira valência a um hidrogênio e pela quarta valência ao radical R, que dá a personalidade ou individualidade ao aminoácido.

20 Aminoácidos mais comuns

Glicina (GLI) / Treonina (TRE)
Alanina (ALA) / Cisteína (CIS)
Valina (VAL) / Tirosina (TIR)
Leucina (LEU) / Asparagina (ASN)
Isoleucina (ILE) / Glutamina (GLN)
Metionina (MET) / Ácido Aspártico (ASP)
Fenilalanina (FEN) / Ácido Glutâmico (GLU)
Triptofano (TRI) / Lisina (LIS)
Prolina (PRO) / Arginina (ARG)
Serina (SER) / Histidina (HIS)


Os aminoácidos se encadeiam uns aos outros por meio de ligações peptídicas.
As ligações peptídicas se fazem entre o grupo COOH de um e o radical NH2 de outro, com a saída de uma molécula de água.
A seqüência de aminoácidos em cadeias peptídicas determina, pelo nº de moléculas que se combinam, a formação de dipeptídeos, tripeptídeos ou polipeptídeos (polímeros com mais de três aminoácidos).

A ordem de disposição dos aminoácidos ao longo da cadeia protéica constitui o que se chama de estrutura primária da proteína e é, essencialmente, o cartão de apresentação da mesma. Basta uma inversão de posição entre dois aminoácidos, a ausência ou a presença de mais um em qualquer outro ponto da seqüência para que já se tenha uma nova proteína diferente, com propriedades diversas da primeira.
As cadeias polipeptídicas descrevem uma trajetória helicoidal no espaço conhecido como alfa-hélice e que constitui a estrutura secundária da molécula protéica.
Por fim, a longa cadeia helicoidal tem uns pontos ligados a outros distantes, o que a faz tomar a forma de um novelo emaranhado. Isso caracteriza a estrutura terciária das proteínas.
Às vezes, 2, 3 ou 4 moléculas polipeptídicas distintas se associam, formando uma molécula maior. Nessa condição, se configura a chamada estrutura quartenária da proteína em questão.

Algumas moléculas protéicas se mostram como finos filamentos longos que são insolúveis na água. Essas são as chamadas proteínas fibrosas, como sucede com o colágeno (que forma as fibras colágenas do tecido conjuntivo) e a fibrina (responsável pela coagulação do sangue).
Na maioria dos casos, entretanto, a molécula protéica é formada por cadeias polipeptídicas que se enroscam, como um novelo, assumindo o aspecto globular. Assim se formam as proteínas globulares que participam das estruturas celulares (na membrana plasmática, no colóide citoplasmático, na formação dos cromossomos e genes, etc.), bem como as que têm ação ativadora das reações químicas e são conhecidas como enzimas. Nestas últimas, o contorno que a molécula assume é muito importante para justificar o seu mecanismo de assam.

Existem proteínas simples, que são formadas apenas pelo encadeamento de aminoácidosm e proteínas complexas, em cuja composição se encontra, além das cadeias polipeptídicas, um radical não protéico que lhe oferece alguma propriedade especial. (glicoproteínas, lipoproteínas, comoproteínas e as nucleoproteínas)

OBS: As nucleoproteínas se constituem de uma parte proteíca e um radical prostético, representado por um ácido nucléico.


(Grande parte dos dados deste post são resumos do livro texto de biologia de José Luís Soares)


terça-feira, 18 de agosto de 2009

Grécia antiga




Linha do tempo que mostra os principais períodos da Grécia Antiga:







De que maneira a explicação de Hipócrates para a epilepsia ilustra o método científico dos gregos?
O médico grego Hipócrates (460-377 a.C) foi o primeiro a olhar para um homem tendo um ataque epiléptico - doença que faz com que as pessoas caiam ao solo, comportando-se como se já não mais tivessem o controle do seu corpo - e dizer: " Não há nenhum deus aí dentro; é um fenômeno do corpo desse indivíduo. "
Todos os outros povos da Antigüidade davam uma explicação mística para o fenômeno. Viam deuses e demônios na epilepsia, chamada de "doença sagrada". Hipócrates afirmava que todas as doenças possuem uma causa natural, não devendo ser encaradas como uma punição divina.
A explicação de Hipócrates para a epilepsia ilustra o que a Grécia Antiga nos proporcionou: a idéia da investigação sistemática, de que o mundo é regido por leis da natureza, e não por deuses cheios de caprichos.



Quem eram os micênicos?
Em tornos de 2000a.C, tribos indo-européias rumaram para o sul, em direção à península grega, onde juntamente com a população pré-grega, formaram a civilização micênica.
Micenas, local extremamente fortificado, foi descoberta após escavações arqueológicas. Em uma série de sepulturas, foram encontradas extraordinárias máscaras de ouro, jóias e armas de bronze pertencentes a essa civilização, cuja existência foi datada entre aproximadamente 1600 a 1150 a.C.
Os micênicos legaram à civilização grega posterior suas crenças religiosas, a arte da cerâmica, a metalurgia, a agricultura, a lingua, um código de honra imortalizado nas epopéias homéricas, além de mitos e lendas que continham a matéria para as tragédias gregas.


Como ocorreu o fim da civilização micênica?
Guerras constantes entre seus reinos, perturbações sociais internas que enfraqueceram as camadas dirigentes e, provavelmente, mudanças climáticas prejudiciais à agricultura levaram à desintegração da civilização micênica por volta de 1150 a.C.



Qual o papel das epopéias de Homero na compreensão do homem grego?
Em Homero fica claro que a guerra era um dos valores primordiais dos gregos. Rivalizar, competir era o único modo de ser digno aos deuses. A excelência humana era conferida principalmente pela bravura e habilidade na batalha. O mundo grego considerava a violência como algo absolutamente natural e um meio para se obterem metais e escravos.



Existiu uma "Guerra de Tróia"? Justifique sua resposta.
Não há certeza a respeito deste fato. Estudos arqueológicos contestam vários episódios narrados na Ilíada. As mais recentes escavações feitas no local levaram a concluir que Tróia não foi destruída por um incêndio. Há provas claras de que o que houve ali foi um terremoto. Diante disso, o historiador inglês Moses Finley, falecido em 1986, propôs que se retirasse definitivamente a Guerra de Tróia dos livros de História. Segundo ele, não há uma só prova consistente de que a guerra entre troianos e gregos tenha acontecido.


Caracterize a pólis grega.
Pouco a pouco, as cidades-Estados gregas - definidas como pólis ou urbes - foram surgindo. Essas urbes não têm certidão de nascimento. Só as reconhecemos quando já estavam funcionando, por volta do final do século IX e no século VIII a.C. Além disso, não houve um desenvolvimento simultâneo.
Cada pólis era independente, tinha suas próprias instituições e freqüentemente entrava em atrito com as outras. Sua dimensão era pequena; a maioria delas tinha menos de 5 mil cidadãos do sexo masculino. Atenas, que era uma grande cidade-Estado, contava com cerca de 35 mil cidadãos homens; o resto de seus 350 mil habitantes era constituído de mulheres, crianças, estrangeiros residentes e escravos, nenhum dos quais tinha direitos políticos.


Qual a relação entre o laconismo e a civilização espartana?
Ao contrário de Atenas, em que as leis eram discutidas por todos os cidadãos, Esparta adotava uma forte rigidez nas leis, que teriam sido atribuídas a um legislador mítico chamado Licurgo. Após a elaboração, ele teria abandonado a cidade e, a partir daí, essas leis teriam se tornado inquestionáveis. Vez ou outra Licurgo aparecia para o conselho de anciãos e as modificava, e elas novamente se tornavam inquestionáveis.
Agora pense: o que torna uma pessoa intelectualmente interessante é, entre outras coisas, seu vocabulário, que lhe permite mil maneiras de se expressar sobre o mundo. Se você não se posiciona, ou é proibido de se posicionar, seu vocabulário vai se reduzindo, reduzindo... Você se torna um indivíduo lacônico, que significa de "vocabulário curto". A palavra lacônico tem sua origem em Esparta, que se situava na planície da Lacônia. Em função da rigidez das leis e da ausência de debates públicos em assembléias , a marca dos espartanos é o laconismo, "vocabulário reduzido"


Caracterize a democracia ateniense.
O Estado ateniense era uma democracia direta, em que as leis eram feitas pelos próprios cidadãos, e não por representantes eleitos. Uma democracia em que não havia soldados e marinheiros profissionais, nem juízes mantidos pelo Estado, nem legisladores eleitos.
Na Assembléia, da qual podiam participar todos os cidadão adultos do sexo masculino e que reunia mais ou menos quarenta vezes por ano, os atenienses discutiam e votavam os principais problemas do Estado - declaravam a guerra, firmavam tratados e decidiam onde aplicar os recursos públicos. Do mais pobre sapateiro ao mais rico comerciante, todos tinham oportunidade de expressar sua opinião votar e exercer um cargo no governo.



O que levou Atenas a tornar-se uma democracia?
Assim como desmistificaram a natureza, os gregos também retiraram o mito do domínio político. No Oriente Próximo, a lei era concebida pelos deuses e não podia ser separada da religião. Nem ela nem autoridade política podiam ser matéria do discurso racional. Atenas era única, pois tentava basear o Estado e sua autoridade na razão humana, respeitando o direito do cidadão de expressar suas idéias sobre o que é certo ou justo.



Explique o temor das outras cidades gregas com relação a Atenas.
Durante as guerras persas, as cidades-Estados organizaram uma confederação, a Liga de Delos, para se protegerem contra a Pérsia. Atenas, forte política e militarmente, acabou assumindo a liderança da Liga. Em grande parte devido à força militar naval ateniense, a Liga conseguiu varrer do mar Egeu persas e piratas. Assim, ela foi sendo colocada ao sabor dos interesses econômicos imperialistas de Atenas, que proibiu a saída dos Estados-membros, dispôs guarnições por toda a Grécia e utilizou o dinheiro da Liga para financiar obras públicas durante o Século de Péricles. Ainda que recebessem uma proteção efetiva, não fossem oneradas por pesados tributos e contassem com um intenso comércio, os Estados integrantes da Liga temiam a exploração e domínio ateniense.

O que foi o suicídio da Grécia das cidades?
Quando diminuiu a ameaça persa, o ódio ao imperialismo ateniense cresceu particularmente entre os espartanos e seus aliados, que criaram a Liga do Peloponeso, uma força militar terrestre, e se dedicaram pela guerra por sentirem sua independência ameaçada pelo imperialismo de Atenas. A guerra acabou representando o suicídio da Grécia das pólis independentes.


Em que circunstâncias ocorreu a invasão macedônica?
Enquanto as cidades gregas estavam envolvidas nas sucessivas guerras, surgia ao norte uma nova potência, a Macedônia. Seu rei, Filipe II, passara três anos como refém em Tebas, onde aprendera táticas militares gregas, enquanto observava o enfraquecimento dos Estados gregos nas guerras. Erigido ao poder em 359 a.C, com apenas 23 anos de idade, Filipe II converteu a Macedônia numa potência militar e deu início à conquista da Grécia.



Qual o papel de Alexandre na difusão da cultura grega?
Após o assassinato de Filipe II da Macedônia, em 336 a.C, subiu ao trono seu filho, Alexandre, cujo professor, o filósofo grego Aristóteles, ensinou-lhe o respeito à inteligência e a disciplina de espírito, e também os poemas de Homero. O jovem Alexandre deixou-se influenciar por essas histórias de heróis míticos que lutavam pela glória pessoal e ambicionava conquistar todo o Império Persa.
O exército de Alexandre construiu um império que se estendia desde a Grécia até a Índia. Suas conquistas aproximaram o Ocidente e o Oriente, assinalando o início de uma nova era.
Enquanto o comércio e as viagens entre o Ocidente e o Oriente se expandiam, mercadores e soldados gregos se estabeleciam em terras asiáticas e a cultura grega era transmitida a não-gregos, diminuíam as distinções entre bárbaros e helenos.


Quais as diferenças entre a cultura grega da pólis do período clássico e a cultura helenística?
A cultura grega da pólis era provinciana e fechada em si mesma. Cada cidade-Estado era independete e cultivava seus valores próprios.
A sociedade helenística caracterizava-se pelo intercâmbio de culturas. As tradições gregas espalhavam-se até o Oriente Próximo enquanto as mesopotâmicas, egípcias, hebraicas e persas expandiam-se para o Ocidente.
(Questões retiradas do livro: Oficina de História: história integrada, de Flávio de Campos e Renan Garcia Miranda)

domingo, 16 de agosto de 2009

A pré-história




Linha do tempo que mostra os principais fatos ocorridos na pré-história mundial, incluindo a brasileira:


(Linha do tempo, FONTE: Oficina de História: história integrada, livro de Flávio de Campos e Renan Garcia Miranda)



Quais as hipóteses para a primeira ocupação humana na América?

1. O homem americano teria surgido no lento processo da evolução das espécies, ao sul do continente, na região da Patagônia. Tal processo seria contemporâneo ou até mesmo anterior àquele verificado na África, há mais de 100 mil anos.


2. O estreito de Bering, que separa a Ásia da América, teria sido uma das "portas de entrada" através da qual grupos de caçadores penetraram o continente.


3. A navegação em pequenas canoas pelo Pacífico, seja pelas ilhas da Polinésia, seja pelo norte do oceano, também é apontada como possibilidade de acesso à América.



Quais os papéis do homem e da mulher no Paleolítico?

Tanto o homem quanto a mulher eram responsáveis pela principal atividade humana do Paleolítico: encontrar alimentos.

O homem se distanciava dos acampamentos em busca da caça, enquanto a mulher, que procriava e cuidava dos filhos, geralmente permanecia nas proximidades dos acampamentos, coletando raízes, grãos e frutos e defendendo as crianças e os mais velhos dos ataques de animais.


Qual o papel do fogo para os primeiros humanos?

O uso sistemático do fogo, que os arqueólogos crêem ter se iniciado há cerca de 500 mil anos, passou também a distinguir o homem dos outros animais. Graças a ele, as cavernas e as moradias contruídas pelos humanos contavam com uma fonte de luz e calor. O fogo propiciou também aos primitivos seres humanos a possibilidade de cozinharem seus alimentos, dando-lhes mais sabor e durabilidade, e, mais tarde permitiu a fundição de metais.

Quais as relações entre agricultura e sedentarismo?

A agricultura obrigava os homens a uma existência sedentária. Eles tinham de se fixar para cuidar da terra. Era preciso trabalhar diariamente: preparar a terra, semear e colher.

Que modificação a Revolução Agrícola provocou nas relações entre homem e mulher?

A agricultura sistemática acabou provocando mudanças nas relações entre o homem e a mulher. Os homens assumiram a responsabilidade de trabalhar nos campos e domesticar os animais, atividades que os mantinham longe de casa. A mulher permanecia na retaguarda, cuidando dos filhos, tecendo as roupas, preparando queijo a partir do leite e realizando outras tarefas domésticas. Com o tempo, conforme se percebia a importância do trabalho desempenhado fora da casa, os homens começaram a assumir o papel dominante na sociedade.


Discrimine as diferentes interpretações para a arte rupestre.

Em primeiro lugar, falou-se de arte pela arte. Os homens teriam sido levados a pintar por um "sentimento inato do belo". Depois sugeriu-se que os moradores dessas cavernas tinham práticas mágicas: os desenhos serviriam para assegurar o sucesso da caça. Quando os artistas reproduziram animais cravados com uma lança, queriam que esse ato lhes proporcionasse sorte na caça; quando desenhavam um rebanho de animais, esperavam que isso tornasse a caça abundante.
Na década de 1960, pesquisadores tentaram enxergar quais eram as relações subjacentes è prática de ornar as cavernas. Foi sugerido um sistema no qual os animais teriam valores simbólicos: o bisão estaria associado à representação do feminino, o cavalo ao masculino, etc.
Há ainda os que afirmam que os desenhos das cavernas têm uma estrutura, como se fosse uma linguagem.

(Bisões em pintura rupestre de Lascaux)


Estabeleça dois argumentos que justifiquem semelhanças entre a arte rupestre e a arte contemporânea.

A arte contemporânea é expressa sobretudo pelas obras figurativas e pela arte abstrata. Neste período também, os artistas deixaram de produzir obras com materiais tradicionais e passaram a utilizar qualquer material disponível.

Assim, a aproximação da arte contemporânea com a arte rupestre dá-se pelas formas rudimentares, os traços descuidados, salpicos de tinta, material improvisado e imagens abstratas que meramente figuram o objeto representado.

Além da arte pictórica, quais outras linguagens foram desenvolvidas pelo homem durante a Pré-história?

A linguagem do homem paleolítico se baseave em gestos, sinais e desenhos. Mais tarde houve o desenvolvimento da linguagem falada.

(Questões retiradas do livro: Oficina de História: história integrada, de Flávio de Campos e Renan Garcia Miranda)

Operações com intervalos

Observe o exemplo:


Se A = { x E R \ 2 < x < 5} e


B= { x E R\ 3 ≤ x < 8} determine A ∩ B


Resolução:


Logo A ∩ B = {x E R / 3 ≤ x < 5} ou [3,5[


(Exemplo encontrado no livro Matemática, 2º grau, dos autores: José Ruy Giovanny, José Roberto Bonjorno e José Ruy Giovanni Jr.)

Notações

OBSERVAÇÃO:

{x E R \ 1 < x < 4} denomina-se notação de conjunto.

]1, 4[ denomina-se notação de intervalo.

Intervalos

Se a e b são números reais, com a < b, são denominados intervalos os
seguintes subconjuntos de R:




  • {x E R \ a < x < b}, também indicado por ]a,b[ (intervalo aberto de extremos a e b).


( A bolinha ○ vazia é para indicar que a e b não pertencem ao intervalo)


  • {x E R\ a ≤ x ≤ b}, também indicado por [a,b] (intervalo fechado de extremos a e b)




(A bolinha ● cheia é para indicar que a e b pertencem ao intervalo)


  • {x E R \ a ≤ x < b}, também indicado por [a,b[ (intervalo semi-aberto à direita de extremos a e b)




  • {x E R \ a < x ≤ b}, também indicado por ]a,b] (intervalo semi-aberto à esquerda de extremos a e b)







Definimos como intervalos infinitos os seguintes subconjuntos de R, com sua representação na reta real:




{x E R \ x > a} = ]a, +∞[



{x E R \x ≥ a} = [a,+∞[



{x E R \ x < a} = ]-∞,a[


{x E R\ x ≤ a} = ]-∞,a]


(Resumo elaborado a partir do texto encontrado no livro Matemática, 2º grau, dos autores: José Ruy Giovanny, José Roberto Bonjorno e José Ruy Giovanni Jr.)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Conjuntos numéricos III




  • Conjunto dos números naturais (N):

N= {0,1,2,3,4,5...}

Um subconjunto de N é o conjunto N*:

N* = { 1,2,3,4,5,6...} → O zero foi excluído do conjunto N.

  • Conjunto dos números inteiros (Z):

Z = {... -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4...}

Além do conjunto N, convém destacar os seguintes subconjuntos de Z:

Z* = Z - {0}

Z+ = Conjunto dos números inteiros não negativos = { 0, 1, 2, 3, 4...}

Z- = Conjunto dos números inteiros não positivos = {0, -1, -2, -3, -4...}

Observer que Z+ = N

  • Conjunto dos números racionais (Q)

Vamos acrescentar as frações positivas e negativas aos números inteiros e teremos os números racionais.

Então -2, -5/4, -1, -1/3, 0, 3/5, 1, 3/2, por exemplo são números racionais.

Todo número racional pode ser colocado em forma a/b, com a E Z (a pertence aos inteiros), b E Z(b pertence aos inteiros) e b ≠ 0 (b diferente de 0).

Exemplos:

-2 = -2/1 = -4/2 = -6/3 0 = 0/1 = 0/2 = 0/3

Assim, podemos escrever:

Q = {x\ x = a/b, com a E \Z, b E Z e b≠ 0}

É interessante considerar a representação decimal de um número racional a/b, que se obtém dividindo-se a por b:

1/2 = 0,5 -5/4 = =1,25 75/20 = 3,75

Estes exemplos se referem às decimais exatas ou finitas.

1/3 = 0,333... 7/6= 1,1666... 6/7 = 0,857142857...

Estes exemplos se referem às decimais periódicas ou infinitas. (são aquelas onde se observa uma repetição nas casas decimais).

Então, toda decimal exata ou periódica pode ser representada na forma de número racional a/b.

0,5 = 5/10 = 1/2 0,333... = 3/9 = 1/3

Observações:

Na representação dos números racionais sobre uma reta podemos dizer que:

→ Entre dois inteiros nem sempre existe outro inteiro

→ Entre dois racionais sempre existe outro racional.

Entre 1 e 5/4 existe 6/5,

Entre 6/5 e 3/2 existe 5/4

Assim, dizemos que o conjunto dos números racionais é denso. Isso não quer dizer que preencha todos os pontos da reta, conforme veremos a seguir:

  • Conjunto dos números irracionais (I):

Consideramos, por exemplo, os números √2 e √3, e vamos determinar a sua representação decimal:

√2 = 1,4142135... e √3 = 1,7320508...

Observamos, então, que existem decimais infinitas não periódicas, às quais damos o nome de números irracionais que não podem ser escritos na forma a/b.

* Um número irracional bastante conhecido é o π = 3,1415926535...

  • Conjunto dos números reais (R)

Dados Q (números racionais) e {irracionais}, define-se o conjunto dos números reais como:

R = Q U {irracionais} = {x x é racional ou x é irracional}

Assim são números reais:

→ Os números naturais

→ Os números inteiros

→ Os números racionais

→ Os números racionais

Como subconjuntos importantes de R temos:

R* = R - {0}

R+ = Conjunto dos números reais não negativos.

R - = Conjuto dos números reais não positivos.

Como os números reais resultam da união dos números racionais com os números irracionais, pode-se estabelecer uma correspondência biunívoca entre os pontos da reta e os números reais: Cada ponto representará um único número real e cada número real será representado por um único ponto.

A essa reta nos referimos como reta real.

(Resumo elaborado a partir do texto encontrado no livro Matemática, 2º grau, dos autores: José Ruy Giovanny, José Roberto Bonjorno e José Ruy Giovanni Jr.)

Conjuntos numéricos II


  • Diferença de conjuntos

A diferença de dois conjuntos A e B é um conjunto dos elementos que pertencem a A mas não pertencem a B.

Designamos a diferença de A e B por A -B (lê-se A menos B)


A - B = {x \ x E A e x B } (A menos B é igual a x tal que x pertence a A e x não pertence a B)



→Observação:

Se B A, a diferença A - B denomina-se complementar de B em relação a A, e indica-se CAB.



→Exemplo:

CAB = A - B


Se B = {2,3} e A = {0,1,2,3,4} então CAB = A - B = {0,1,4}


O complementar de B em relação a A é o que falta para B ficar igual ao A.



***obs: significa está contido em. ***



(Resumo elaborado a partir do texto encontrado no livro Matemática, 2º grau, dos autores: José Ruy Giovanny, José Roberto Bonjorno e José Ruy Giovanni Jr.)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Conjuntos numéricos I



  • União de Conjuntos

A união de dois conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem A ou a B.

Designamos a união de A e B por A U B (lê-se A união B)

A U B = {x \ x E A ou x E B} (A união B é igual a x, tal que x pertence a A ou x pertence a B)

  • Intersecção de Conjuntos

A intersecção de dois conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos que são comuns a A e B, isto é, pelos elementos que pertencem a A e também pertencem a B.

Designamos a intersecção de A e B por A ∩ B (lê-se A intersecção B).

A ∩ B = {x \ x E A e x E B} (A intersecção B é igual a x, tal que x pertence a A e pertence a B)

OBS: Quando A ∩ B = ø os conjuntos são chamados de disjuntos.

(Resumo elaborado a partir do texto encontrado no livro Matemática, 2º grau, dos autores: José Ruy Giovanny, José Roberto Bonjorno e José Ruy Giovanni Jr.)

Livro



Um ótimo livro de biologia que tenho utilizado em todos meus resumos da matéria é este da imagem acima. Biologia, volume único, de José Luís Soares.
Vale a pena adquirir!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Os lipídios



Os lipídios compreendem um grupo de substâncias orgânicas onde se enquadram as gorduras, os óleos, as ceras e alguns hormônios chamados esteróides (hormônios sexuais e hormônios do córtex das glândulas supra-renais). Tal como os glicídios, os lipídios são também compostos energéticos, pois, na falta de glicose, a célula os oxida, conseguindo assim a liberação de considerável quantidade de energia para a ativação de seus trabalhos.
Os lipídios ou lípides são compostos orgânicos que têm natureza de ésteres, pois são formados pela combinação de ácidos (ácidos graxos*) com álcoois**.

* Ácidos graxos são ácidos orgânicos (ácidos carboxílicos) que revelam longas cadeias de carbono. Os ácidos graxos podem ser saturados ou insaturados:
Os insaturados possuem uma ou mais ligações duplas entre os átomos de carbono, permitindo que ainda recebam átomos de hidrogênio na molécula.

Os saturados não possuem qualquer ligação dupla entre os átomos de carbono, não tendo disponibilidade para receber mais átomos de hidrogênio.
EXEMPLOS: ácido palmítico, ácido oléico e ácido linoléico.
OBS: A ligação estérica se faz entre a carboxila (grupo COOH) do ácido e a hidroxila (grupo OH) do álcool.


** O álcool mais comumente encontrado na composição dos lipídios é o glicerol ou glicerina, que possui apenas três átomos de carbono. Ele pode estar combinado por ligações estéricas a uma, duas, ou três moléculas de ácidos graxos. Assim, se distinguem os monoglicerídeos, os diglicerídeos e os triglicerídeos.

CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDIOS

GLICERÍDEOS

álcool: glicerol
compreende as gorduras e óleos

CERÍDEOS

álcool: superior ao glicerol (com mais carbonos)
compreende as ceras

ESTERÍDEOS ou ESTERÓIDES

álcool de cadeia fechada (colesterol)
compreende os hormônios sexuais e do córtex suprarenal

FOSFOLIPÍDIOS

contêm radical fosforado
compreendem a lecitina, cefalina e esfingomielina


OBS: Os fosfolipídios podem se enquadrar entre os glicerídeos ou não, mas possuem sempre radical fosforado (derivado do ácido fosfórico) integrando uma cadeia quase sempre também nitrogenada. Constituem exemplos a lecitina, integrante da membrana plasmática de todas as células animais e vegetais, a cefalina e a esfingomielina, encontradas na estrutura do encéfalo e da medula.

Os lipídios têm papel estrutural e energético na célula. Eles participam da formação da estrutura da membrana plasmática e de diversas outras, bem como são consumidos nas reações de oxidação do metabolismo celular para a liberação de energia.
Uma característica importante de todos os lipídios é a circunstância de não se dissolverem na água, sendo solúveis apenas nos chamados líquidos orgânicos, como álcool, éter clorofórmio e benzeno. Por outro lado os lipídios atuam como solventes de algumas vitaminas e outras substâncias lipossolúveis, de relevante importância para os organismos.

Carboidratos, glicídios ou glúcides





Os carboidratos são compostos orgânicos simples ou, então, formados pela polimerização (combinação de numerosas moléculas pequenas) de monossacarídeos, dentre as quais a glicose é o mais comum. Por hidrólise, tais compostos acabam redundando quase sempre, em grande número de moléculas de glicose independentes. Talvez isto justifique a tendência de se chamar aos carboidratos, em geral, de açúcares.
Os carboidratos são substâncias energéticas, pois a oxidação dos mesmos na célula libera razoável quantidade de energia. O amido é o produto de armazenamento energético das plantas enquanto o glicogênio exerce papel semelhante nos animais.

CLASSIFICAÇÃO DOS GLICÍDIOS


OSES (monossacarídeos)* :


Trioses - 3 carbonos
Tetroses - 4 carbonos
Pentoses - 5 carbonos (ribose e desoxirribose)
Hexoses - 6 carbonos (glicose, frutose e galactose)
Heptoses - 7 carbonos.


OSÍDEOS


Simples (Halosídeos) :
- Oligossacarídeos (polímeros de poucas oses)
ex: sacarose, maltose, lactose, celulose
- Polissacarídeos (polímeros de muitas oses)
ex: celulose, amido, glicogênio

Complexos (Heterosídeos) : Possuem também nitrogênio.
ex: coniferina e digitalina.**


* As oses são, na verdade, pequenas cadeias de carbono contendo diversos radicais OH, pelo que se qualificam como POLIÁLCOOIS.

**Na grande maioria das vezes os carboidratos são compostos ternários, formados apenas de carbono, hidrogênio e oxigênio. Existem poucos carboidratos complexos quartenários, que contêm também nitrogênio, como sucede com a coniferina, extraída de plantas coníferas e da qual se obtém a baunilha, e a digitalina, substância medicamentosa de emprego no tratamento de doenças cardíacas.

A Água e os Sais Minerais



A quantidade de água e de sais na célula e no organismo deve ser perfeitamente balanceada, qualificando o que chamamos de equilíbrio hidrossalino. Esse equilíbrio é fator decisivo para a manutenção da homeostase.

ÁGUA:

  • Solvente dos líquidos orgânicos
  • Fase dispersante do material citoplasmático nuclear*
  • Transporte de substâncias atravez da membrana plasmática
    Reações de hidrólise
*O citoplasma nada mais é do que uma solução coloidal de moléculas protéicas, glicídios e lipídios imersa em água. É nesse colóide que flutuam, também, em suspensão, minúsculas estruturas dinâmicas, como mitocôndrias, cloroplastos, lisossomos, ribossomos, centríolos, etc.

SAIS MINERAIS

  • Estrutura dos tecidos (ossos e dentes)
  • Fornescem elementos como: Fe³+ (p/ o sangue), I- (p/ hormônios), Ca²+, Mg2+ (p/ atividades celulares)
  • Na sua reação com a água, determinam a osmolaridade** da célula.

** Osmolaridade: grau de densidade do material intracelular em relação ao meio extracelular.

OUTRAS OBSERVAÇÕES:

A água surge como produto final nas reações de síntese e nos processos metabólicos da respiração celular, portanto o teor de água no protoplasma é proporcional à atividade celular.A água é obtida pela ingestão de líquidos e de alimentos que a contêm. Todavia, ela também aparece na célula ao final de numerosas reações de síntese e da respiração celular.

(Grande parte dos dados deste post são resumos do livro texto de biologia de José Luís Soares)

Caracterização dos seres vivos.

  1. Composição química complexa
  2. Organização estrutural fundamentada na célula
  3. Consumo de energia e renovação contínua da matéria (METABOLISMO)
  4. Realização de funções vitais
  5. Capacidade de reprodução e transmissão de caracteres hereditários
  6. Adaptação e relacionamento com o meio
  7. Tendência para a evolução
  8. Individualidade, que torna cada indivíduo diferente dos demais dentro da diversidade da espécie
  9. Realização da Homeostase*
* Homeostase: propriedade de um sistema aberto, seres vivos especialmente, de regular o seu ambiente interno de modo a manter uma condição estável, mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico controlados por mecanismos de regulação interrelacionados.
Em sistemas complexos, como o humano, precisam de homeostase para manter a estabilidade e sobreviver. Mais do que apenas sobreviver, estes sistemas devem ter a capacidade de se adaptar ao seu ambiente externo.
  • Componente inorgânico da célula: água e sais minerais
  • Componente orgânico da célula: proteínas, ácidos nucléicos, lipídios e carboidratos (glicídios)
  • Principais substâncias nos seres vivos: Água > Proteínas > Gorduras > Carboidratos > Sais minerais > Outros compostos.
  • Principais elementos nos seres vivos: Oxigênio > Carbono > Hidrogênio > Nitrogênio (96%)** Cálcio > Fósforo > Potássio > Enxofre > Sódio > Cloro > Magnésio > Flúor > Ferro (2,963%)*** Outros (0,038%)

** CHON é a regra para lembrar os 4 principais elementos. Não está na ordem, mas faz com que lembre todos eles. C = Carbono, H = Hidrogênio, O = oxigênio e N = Nitrogênio.

*** Uma regra um tanto confusa para gravar os demais elementos seria a frase: "Ki Na PreFFeitura de ChaveSLândia em Minas Gerais." (Será que ajuda? Ca = Cálcio, K = Potássio, Na = Sódio, P = Fósforo, F= Flúor, Fe = Ferro, CL = Cloro, S = Enxofre e Mg = Magnésio)

(Grande parte dos dados deste post são resumos do livro texto de biologia de José Luís Soares)

O começo de tudo...






Este blog, em conjunto com o PsychoSintese, faz parte de um esforço pessoal para ingressar na carreira de psiquiatra.

O caminho pela frente é muito longo e diversos são os obstáculos. O primeiro, e mais temido, atende pelo nome VESTIBULAR. 40 candidatos por vaga não é fácil pra ninguém.

Contarei com este blog para produzir um acervo de rezumos de tudo aquilo que já estudei.

Que comece a maratona!